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Psicologia da Anima e do Animus

Psicologia da Anima e do Animus

Texto extraído do Ensaio de Psicologia
Processos Psíquico-quânticos da Anima e Animus : C. G. Jung e os Condensados Bose-Einstein
autor: Adão José Gonçalves da Cruz
 
Formação do Processo Psíquico-quântico Objetivo: Hipótese da Psicologia Quântica da Anima e do Animus

Na Revolução de Saturno, no Globo “D” (diagrama III), pode-se observar na Região Concreta do Pensamento a formação de Arquétipos, pela concepção das Ideias Germinais no Globo “C”, durante o intrincado processo psíquico-quântico subjetivo pela harmonia de sons (Tabelas 1 e 2). No Mundo do Som, as Ideias Germinais despertaram nos Egos (nos Espíritos Virginais) forças anímicas para criar os primeiros Arquétipos em Si-mesmos, análogo aos “sólidos de Platão”, LEWIS (1990) em “The Sacred Word and its Creative Overtones”, congruente às teorias de JUNG (2012, pp.51-81) em “Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo”.

“A anima, sendo feminina, é a figura que compensa a consciência masculina. Na mulher, a figura compensadora é de caráter masculino e pode ser designada pelo nome de animus. Se não é simples expor o que se deve entender por anima, é quase insuperável a dificuldade de tentar descrever a psicologia do animus”, JUNG (1985, pp.81-82) em “O Eu e o Inconsciente”.

Devemos ter sempre em mente que cada uma das duas figuras crepusculares, anima e animus, JUNG (1986, pp.86-87) em “O Eu e o Inconsciente”, têm sua autonomia no inconsciente. Assim analisamos a hipótese da psicologia quântica da anima e do animus pelas projeções quânticas de conteúdos psíquicos e de conteúdos psíquico-quânticos no inconsciente pessoal. A raiz dos conteúdos psíquicos é originária das camadas mais profundas das sub-regiões da Região Abstrata do Pensamento (psique subjetiva, pelas Ideias Germinais) e da Região Concreta do Pensamento (psique objetiva, pelas Forças Arquetípicas), pois compõem a natureza da psique, onde se manifestam nas pessoas naturais.

Através de postulados e teorias que se orientam para sistemas de normas práticas por antecipar características prováveis do objeto investigado e que vale, quer pela confirmação dessas características, quer pelo encontro de novos caminhos de investigação; deste modo, é preciso encontrar a verdade de razão para dada hipótese; portanto, um caráter verdadeiramente científico deve ser livre de preconceitos. Neste caso a hipótese da psicologia quântica da anima e do animus.

Pela formação de arquétipos, nesse contexto, podemos observar as Forças Arquetípicas como fatores responsáveis pela organização dos processos psíquico-quânticos, JUNG (2012, pp.29-52) em “Sincronicidade”; todavia, através do despertar das Forças Arquetípicas iniciou-se a projeção quântica de conteúdos psíquicos e de conteúdos psíquico-quânticos por meio do Verbo, pelo Poder da Palavra, Gênesis 2.

Observa-se nos diagramas I e VI que as Forças Arquetípicas são emanadas do Poder do Verbo: o Som do Poder da Palavra, do Logos, que produz Vida e Forma em toda a matéria do Mundo ou Estado de Matéria do Pensamento (composto pelas Regiões Abstrata e Concreta), pois, é o Mundo do Som:
“Tendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todos os animais dos campos e todas as aves dos céus os levaram ao homem, para ver como ele os havia de chamar; e todo o nome que o homem pôs aos animais vivos, esse é o seu verdadeiro nome. O homem pôs nomes a todos os animais, a todas as aves dos céus e a todos os animais dos campos [...]”, Gênesis 2.

“Em todos estes casos e em outros semelhantes parece que há um conhecimento a priori, inexplicável causalmente e incognoscível na época em apreço. O fenômeno de sincronicidade é constituído, portanto, de dois fatores: 1) Uma imagem inconsciente alcança a consciência de maneira direta (literalmente) ou indireta (simbolizada ou sugerida) sob a forma de sonho, associação ou premonição; 2) Uma situação objetiva coincide com este conteúdo. Tanto uma coisa como a outra podem, por assim dizer, causar admiração. De que modo surgem a imagem inconsciente ou a coincidência? Entendo muito bem que as pessoas prefiram duvidar da realidade de tais coisas”, JUNG (2012, pp.41-42) em “Sincronicidade – a dinâmica do inconsciente”.

De forma gradual, do início até a metade de quaisquer Revoluções e Períodos, os Espíritos Virginais procuram adaptar-se aos novos espaços-tempos com diferentes Estados Excitados de Matérias. Após esse período de adaptação são direcionados e inseridos em diferentes regiões e sub-regiões da respectiva Revolução, no referente Período (diagramas III e IV), para a revitalização dos intricados processos psíquico-quânticos subjetivos e objetivos.

Nesse caso, em “o mito da caverna”, podemos observar a ação de ambos os processos quânticos.
“[...] ˗ Considera, pois ˗ continuei ˗ o que aconteceria se eles fossem soltos das cadeias e curados da sua ignorância, a ver se, regressados à sua natureza, as coisas se passavam deste modo. Logo que alguém soltasse um deles, e o forçasse a endireitar-se de repente, a voltar o pescoço, a andar e a olhar para a luz, ao fazer tudo isso, sentiria dor, e o deslumbramento impedi-lo-ia de fixar os objectos cujas sombras via outrora. Que julgas tu que ele diria, se alguém lhe afirmasse que até então ele só vira coisas vãs, ao passo que agora estava mais perto da realidade e via de verdade, voltado para objectos mais reais? E se ainda, mostrando-lhe cada um desses objectos que passavam, o forçassem com perguntas a dizer o que era? Não te parece que ele se veria em dificuldades e suporia que os objectos vistos outrora eram mais reais do que os que agora lhe mostravam? [...]”.
“[...] ˗ E se o arrancassem dali à força e o fizessem subir o caminho rude e íngreme, e não o deixassem fugir antes de o arrastarem até à luz do Sol, não seria natural que ele se doesse e agastasse, por ser assim arrastado, e, depois de chegar à luz, com os olhos deslumbrados, nem sequer pudesse ver nada daquilo que agora dizemos serem os verdadeiros objectos?
˗ Não poderia, de facto, pelo menos de repente.
˗ Precisava de se habituar, julgo eu, se quisesse ver o mundo superior. Em primeiro lugar, olharia mais facilmente para as sombras, depois disso, para as imagens dos homens e dos outros objectos, reflectidas na água, e, por último, para os próprios objectos. A partir de então, seria capaz de contemplar o que há no céu, e o próprio céu, durante a noite, olhando para a luz das estrelas e da Lua, mais facilmente do que se fosse o Sol e o seu brilho de dia. [...]”, PLATÃO (1987, §508b-509c, §509d-511e) em “A República”.

Pelas ideias de Platão (1987) podemos notar que “É impossível expressar esse mistério que, aliás, não foi criado (nec etiam creatum fuit). O mistério increado foi preparado (praeparatum) por Deus de tal forma que no futuro nada será parecido com ele, nem ele voltará a ser o que já foi”, JUNG (1990, pp.333-358) em “Psicologia e Alquimia”.

Os Mundos Superiores são os “Mundos das Causas”, das Forças no “Increatum”, de forma que não poderemos compreender bem neste mundo inferior sem conhecer os outros e sem compreender suas Forças e suas Causas, das quais todas as coisas materiais são meros efeitos (diagramas V e VI); assim também se pode observar a relação dos seres humanos com Deus, ao estudar os postulados de HEINDEL (2012):
“É uma tarefa das mais difíceis, tendo em vista os conceitos mal definidos acerca de Deus e que existe na mente da maioria dos leitores da literatura que trata desse assunto. É certo que os nomes em si mesmos não têm maior importância, mas importam muito que saibamos o que pretendemos significar com um nome, caso contrário os mal-entendidos continuarão. Se escritores e instrutores não empregarem uma nomenclatura comum, a atual confusão tornar-se-á maior. Quando empregada a palavra ‘Deus’ seu significado é sempre incerto; trata-se do Absoluto ou Existência Una, do Ser Supremo, que é o Grande Arquiteto do Universo, ou de Deus, que é o Arquiteto do nosso Sistema Solar”, HEINDEL (2012, pp.173-182) em “The Rosicrucian Cosmos-Conception - The Relation of Man to God”.

Os Mundos Superiores comparados à nossa realidade no Mundo Físico (diagrama I) semelham na verdade, por estranho que pareça muito mais reais. Para a maioria das pessoas são fantasias, utopias ou pelo menos pouco substanciais, subjetivos; entretanto, certo é serem os objetos que neles se encontram muito mais permanentes e indestrutíveis do que os objetos do Mundo Físico. Isso será facilmente compreendido por meio de um simples e trivial exemplo.

O arquiteto, na construção de uma casa, não começa adquirindo ao acaso os materiais necessários e contratando trabalhadores para levantarem-na, sem previamente idealizar e arquitetar um plano de construção. Primeiramente, pela vontade e imaginação do arquiteto, ele “idealiza a casa”, que gradualmente assume uma forma subjetiva em sua mente; finalmente surge uma ideia clara da casa, isto é, um arquétipo da casa. A casa é ainda invisível, subjetiva para as outras pessoas, menos para o arquiteto, que a torna objetiva no papel, em planta baixa. Ele desenha o plano e por meio das imagens subjetivas e objetivas do seu arquétipo os trabalhadores constroem a casa de madeira, de ferro, de pedra ou de alvenaria, exatamente de acordo com o arquétipo original do arquiteto. Assim o arquétipo da casa se converte em realidade material, em matéria densa, numa construção física, palpável.

A pessoa materialista afirmará que a casa construída é muito mais real, durável e substancial que a imagem criada na mente do arquiteto; todavia, a casa não poderia ter sido construída sem o seu arquétipo. O objeto material, a casa, pode ser destruído por dinamite, terremoto, fogo ou pelo tempo, mas o seu arquétipo subsistirá. Durará enquanto o arquiteto viver, pois, por meio do pensamento poderão ser construídas inúmeras casas iguais àquela que foi destruída. Nem mesmo o próprio arquiteto poderia destruir o arquétipo criado, pois até depois de sua morte esse arquétipo pode ser recuperado por qualquer pessoa que, suficientemente desenvolvida, seja capaz de alcançar o referido arquétipo. Portanto, vimos o quanto é admissível a existência de Mundos Superiores que existem em volta e entre nós; todavia, gradualmente, seremos persuadidos de suas realidades, das suas utilidades para obtermos conhecimento por meio deles.

Diante da concepção do complicado processo psíquico-quântico objetivo, os sagitarianos, através da sua nota chave (Tabela 1), sempre em harmonia com o Verbo (diagrama VI), auxiliaram os Espíritos Virginais através das Forças Arquetípicas (da Região Concreta do Pensamento) adquirida na quarta Revolução de Saturno, no Globo “D”. Ao serem inseridos em diferentes sub-regiões da Região Concreta (numa espécie de natureza de automação), atraíram e agregaram diferentes estados de matéria mais densos, em gérmen, para que pudessem criar arquétipos em Si-mesmos: “[...] Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne [...]”, Gênesis 2:1-25.

Conforme observamos, o homem deixará pai e mãe (genitores físicos) e se unirá à sua mulher (a anima). A mulher deixará pai e mãe (genitores físicos) e se unirá ao seu homem (ao animus) e eles se tornarão uma só carne; congruente a análise de JUNG (1985) em “Mysterium Coniunctionis”, volumes I e II.

Como a mulher está expressando conscientemente o seu lado feminino e não o outro, ela procura ter sinergia com o seu oposto, um homem, para ativar o seu lado subconsciente, latente, em busca de homeostase psíquica. O inverso é válido para o homem.

“O homem atribui a si mesmo, ingenuamente, as reações da sua anima, sem perceber que na realidade não pode identificar-se com um complexo autônomo; o mesmo ocorre na psicologia feminina, só que de um modo muito mais intenso, se é que isto é possível. A identificação com o complexo autônomo é a razão essencial da dificuldade de compreender e descrever o problema, sem falar de sua obscuridade e estranheza. Sempre partimos do pressuposto ingênuo de que somos os senhores em nossa própria casa. Deveríamos habituar-nos, no entanto, com a idéia de que mesmo em nossa vida psíquica mais profunda, vivemos numa espécie de casa cujas portas e janelas se abrem para o mundo: os objetos e conteúdo deste último atuam sobre nós, mas não nos pertencem”, JUNG (1985, pp.81-115) em “O Eu e o Inconsciente, parte II - Individuação: anima e animus”.

Pela biologia celular (pelo estudo da estrutura e do funcionamento das células, assim como da interação entre elas, permite maior compreensão do funcionamento dos organismos) temos os cromossomos XX (que gera fêmea) e XY (que gera macho). Observa-se que toda mulher pode gerar machos e fêmeas no seu ventre, pelo seu DNA. O homem possui cromossomos XY, no seu DNA, transmitido pelo espermatozoide para impregnar óvulos. Em geral, são 23 cromossomos da mulher e 23 do homem, totalizando 46 cromossomos, conforme HALL (2011, pp.27-42) em “Tratado de Fisiologia Médica - Capítulo 3 - Controle Genético da Síntese de Proteínas, do Funcionamento Celular e da Reprodução Celular”. Temos nossa base psicológica, na biológica.

Quando se analisa na natureza da psique que o inconsciente coletivo contém toda a herança espiritual, renascida na estrutura psicológica de todo o indivíduo, constata-se que a separação da psicologia, da biologia é artificial porque a psique humana vive numa união indissolúvel com o corpo, mente, alma e espírito.

No momento podemos ajuizar pelo modo psicológico, a ação dos anjos atrasados e fracassados, conforme postulados de HEINDEL (2012) em “The Rosicrucian Cosmos-Conception or Mystic Christianity - The Lucifer Spirits”: “[...] O Senhor Deus tomou o homem e colocou-o no jardim do Éden para cultivá-lo e guardá-lo. Deu-lhe este preceito: ‘Podes comer do fruto de todas as árvores do jardim; mas não comas do fruto da árvore da ciência do bem e do mal; porque no dia em que dele comeres, morrerás indubitavelmente’ [...]”, Gênesis 2.

“[...] Então o Senhor Deus mandou ao homem um profundo sono; e enquanto ele dormia, tomou-lhe uma costela e fechou com carne o seu lugar. E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem. ‘Eis agora aqui, disse o homem, o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher, porque foi tomada do homem.’ Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne. O homem e a mulher viviam nus, e não sentiam vergonha”, Gênesis 2:21-25.

Pelo postulado de HEINDEL (2012, pp.317-365) em “The Rosicrucian Cosmos-Conception – The Occult Analysis of Genesis”, quanto ao fato da separação dos sexos, conforme tradução bíblica (Gênesis 1:26-31 e 2:21-24), mesmo pelas interpolações e erros de interpretação devemos considerar que a escrita hebraica antiga não tinha vogais. Por exemplo, se colocar a vogal “a” na palavra tsd: tsad que dizer costela. Quando colocadas vogais “e”, “a” na mesma palavra tsd: tseda significa lado; portanto, do modo psicológico temos os “lados” internos: anima e animus.

Dentro desse algoritmo hebraico temos a hipótese da progênie e da psicologia da anima e do animus na psique subjetiva e objetiva do sujeito. Diz-se do que é válido para um só sujeito e que só a ele pertence, pois integra o domínio de todas as atividades psíquicas, sentimentais, emocionais, volitivas etc., do sujeito; onde os Elohim (o Espírito Santo) têm suas Expressões por meio do Poder Anímico e da Mente Criadora no inconsciente coletivo e no inconsciente pessoal através das duas criaturas gêmeas e autônomas: anima e animus.

Segundo JUNG (1985, §26) em “A Energia Psíquica”: “[...] na experiência, a energia é sempre específica, manifestada no momento como movimento e força; virtualmente é situação, é condição. Quando em ato, a energia psíquica se manifesta nos fenômenos dinâmicos da alma, tais como as tendências, os desvios, o querer, os afetos, a atuação, a produção de trabalho etc., que são justamente forças psíquicas. Quando virtual, a energia aparece nas aquisições, possibilidades, aptidões, atitudes, que são condições”.

Os espaços-tempos para a quantificação da energia psíquica, pelos 2020 anos atrás e pelos espaços-tempos da Era de Aquário (que está próxima), ocasião em que os signos de Aquário/Leão serão iluminados e vivificados pela precessão dos equinócios. Processo observado em Apokalypsis 12, pela quantização do amor fraternal (signo de Leão) e pela quantização psíquica para a elevação do Filho do Homem. Quando do nascimento do Cristo interno em cada pessoa - do Leão de Judá (signo de Leo) - à condição de Super-homem, conforme HEINDEL; FOSS HEINDEL (1973, p.16) em “A Mensagem das Estrelas” e pelas ideias de NIETZSCHE (2002) em “Assim Falava Zaratustra – O Homem Superior”.

Analisando pelo modo psicológico, nas diversas sub-regiões da Região Concreta do Pensamento podemos constatar que os arquétipos (não importa a qual reino pertença) encontram-se na sua subdivisão mais inferior. Encontram-se nesta Região Continental (diagrama I), porque a humanidade ainda precisa criar dimensão compacta de tempos em tempos (suas personalidades) num Mundo Físico, para poder crescer em consciência e forma por meio de diferentes interconexões de espaços-tempos.

Na Região Continental estão também os arquétipos dos continentes e das ilhas da Terra, os quais são moldados de acordo com esses arquétipos mundiais. As modificações da crosta terrestre devem produzir-se primeiramente na Região Continental. Enquanto o arquétipo-modelo não for modificado as Inteligências Criadoras (pela falta de conhecimento chamamos de “Leis da Natureza”) não podem produzir as condições físicas que alteram esse Ecossistema, pois, diferentes Hierarquias (diagrama VII) auxiliam na evolução desse Ecossistema, da Terra. Essas planejam as mudanças análogas ao projeto do arquiteto nas alterações duma casa, antes que “os operários” (a humanidade) lhe deem expressão ou forma concreta.

De forma análoga efetuam-se mudanças (pelas “Leis da Natureza” e pela Ciência moderna através da engenharia genética) na flora, fauna e humana devido às metamorfoses dos respectivos arquétipos alterados pelos seres humanos durante processos quânticos nos ciclos de renascimentos nos mundos visíveis e invisíveis e em laboratórios, pelos experimentos científicos.

Quando falamos de arquétipos são todas as diferentes formas, no Mundo Físico, de Desejos e do Pensamento (diagrama I). Todavia, não devemos ajuizar que esses arquétipos sejam simples modelos, no mesmo sentido em que falamos de um objeto feito em miniatura ou feito de outro material diferente do apropriado ao seu uso final. Não são simples semelhanças nem modelos das formas que vemos em torno de nós. São arquétipos criadores, vivos, luminosos, sonoros e autônomos, pois, modelam todas as formas à sua própria semelhança ou semelhanças, porque frequentemente muitos arquétipos se expressam em conjunto (em processo quântico), para produzir determinadas espécies (na flora, fauna e humana); onde cada arquétipo produz de e em si mesmo a parte necessária para a construção de formas requeridas em diferentes espaços-tempos, com diferentes estados de matérias.

Por analogia, as interfaces do homem e da mulher, sendo arquétipos humanos, ambos se unem para contribuir na construção de outros arquétipos: os filhos, por exemplo. Podemos ajuizar que a anima e animus são arquétipos autônomos e dinâmicos, pois “modelam” os processos psíquico-quânticos inconscientes, que juntos produzem outros arquétipos, na natureza da psique, como podemos constatar pelas análises de JUNG (2012):
“O inconsciente coletivo é uma parte da psique que pode distinguir-se de um inconsciente pessoal pelo fato de que não deve sua existência à experiência pessoal, não sendo, portanto, uma aquisição pessoal. Enquanto o inconsciente pessoal é constituído essencialmente de conteúdos que já foram conscientes e, no entanto, desapareceram da consciência por terem sido esquecidos ou reprimidos, os conteúdos do inconsciente coletivo nunca estiveram na consciência e, portanto não foram adquiridos individualmente, mas devem sua existência apenas à hereditariedade. Enquanto o inconsciente pessoal consiste em sua maior parte de complexos, o conteúdo do inconsciente coletivo é constituído essencialmente de arquétipos”, JUNG (2012, pp.51-62) em “Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo”.

A segunda subdivisão da Região Concreta do Pensamento denomina-se Região Oceânica (diagrama I). Poderia ser mais bem descrita como vitalidade universal, fluente e pulsante. Todas as Forças que atuam pelos quatro níveis de éteres (químico, de vida, luminoso e refletor) que constituem a Região Etérea são vistos aqui como arquétipos etéreos ou psíquicos. Correntes de vida fluem através de todas as formas (densas e não densas), assim como a vida flui no sangue que circula no corpo humano, a vida, ou vitalidade universal, flui em todos os reinos: no reino humano, animal e em outros reinos mais sutis.

A Região Aérea é a terceira divisão da Região Concreta do Pensamento. Aqui se encontram arquétipos dos desejos, das paixões, dos sentimentos e das emoções, tais como os que experimentamos e manifestamos no nosso dia a dia; onde todas as atividades são análogas às condições atmosféricas. Os sentimentos de prazer e de alegria chegam aos sentidos das pessoas de acordo suas experiências inconscientes. Nessa Região Concreta encontram-se também imagens geradas pelas emoções dos seres humanos e dos animais.

A Região das Forças Arquetípicas é a quarta divisão da Região Concreta do Pensamento. A Região Central é a mais importante dos cinco Mundos ou Estados de Matérias, onde se efetua a evolução integral do ser humano. Nessa Região encontram-se somente imagens geradas pelas emoções dos seres humanos, pois, somente os seres humanos pensam, porque possuem Mente em Si-mesmo.

Por analogia, JUNG (1985, pp.1-84) em “Mysterium Coniunctionis – volume I”, de um lado dessa Região têm três regiões superiores do Mundo do Pensamento, mais o Mundo do Espírito de Vida e o Mundo do Espírito Divino, em diferentes espaços-tempos. No lado oposto da Região de Forças Arquetípicas, análogo aos estudos de JUNG (1985, pp.85-251) em “Mysterium Coniunctionis - volume I”, estão três regiões inferiores do Mundo do Pensamento, mais o Mundo do Desejo e o Mundo Físico (diagrama I). Portanto a quarta região torna-se uma espécie de “ponte” (análogo à teoria das pontes de Einstein-Rosen), limitada de um lado pelos Reinos do Espírito e do outro pelos Mundos das Formas; em diferentes espaços-tempos, em diferentes mundos ou estados de matérias.

Todavia, podemos ajuizar que existem arquétipos finitos (as formas densas em geral, os complexos no inconsciente pessoal) e arquétipos infinitos (Forças Divinas no inconsciente coletivo), dentro e fora da Mente dos seres humanos. Isso acontece porque os pensamentos (além de serem criados) podem ser assimilados, revitalizados e projetados em diferentes espaços-tempos e em diferentes Estados de Matérias ou Mundos (diagrama I).

Na tentativa de melhor entender as camadas da psique (inconsciente coletivo e inconsciente pessoal) é preciso rever em DA CRUZ (2020) em “C. G. Jung e os Condensados Bose-Einstein: Processos Psíquico-quânticos da Anima e Animus - capítulo V - Dimensão Compacta - Analogia dimensional, parte 2 - A Quarta Dimensão a Ortogonalidade e Espaços Vetoriais”. Agindo assim, pode-se tentar visualizar mentalmente as projeções quânticas de conteúdos psíquicos e de conteúdos psíquico-quânticos nas Regiões Abstrata e Concreta do Mundo ou Estado de Matéria do Pensamento. São essas regiões que formam a natureza da psique (psique subjetiva e psique objetiva), pois, a partir desta etapa, se pode compreender a constituição e a projeção de arquétipos em diferentes dimensões e em diferentes espaços-tempos.

A quarta região, a Região das Forças Arquetípicas é o ponto focal por onde os Elohim têm Suas Expressões, pelo Poder Anímico e Mente Criadora, beneficiando toda a humanidade cujas Expressões Divinas se manifestam no inconsciente pessoal: na anima e no animus de acordo a dinâmica do inconsciente.

A quarta região é o atual “domicílio natural” do Ego, pela qual se reflete na matéria. Através da quarta região é que o Ego se reflete na matéria de maneira formativa, pois, pela união da quinta região com a quarta região observa-se as Expressões dos Elohim no inconsciente dos seres humanos (diagrama I):

Primeira região - Continental: os Espíritos Virginais atraíram, agregaram e aprenderam a criar arquétipos da forma: cuja natureza é análoga à membrana plasmática do citoplasto mais as “atividades” latentes da célula (análogo sua permeabilidade seletiva), onde contém, em gérmen, a essência da Luz; quando os Espíritos Virginais assimilaram (a Luz e o gérmen do corpo denso) durante o processo quântico de assimilação na primeira Revolução de Saturno, no Globo “A”, objetivando ulterior projeção quântica de conteúdos psíquicos e de conteúdos psíquico-quânticos.

Segunda região - Oceânica: os Espíritos Virginais atraíram, agregaram e aprenderam a criar arquétipos da vitalidade universal: cuja natureza é análoga ao citoplasma, onde contém, em gérmen, a essência da Vida; quando os Espíritos Virginais assimilaram (a essência da Vida) durante o processo quântico de assimilação na segunda Revolução de Saturno, no Globo “B”, objetivando ulterior projeção quântica de conteúdos psíquicos e de conteúdos psíquico-quânticos.

Terceira região - Aérea: os Espíritos Virginais atraíram, agregaram e aprenderam a criar arquétipos do desejo e da emoção: cuja natureza é análoga aos componentes do citoplasma, contém, em gérmen, a essência das Ideias Germinais; quando os Espíritos Virginais assimilaram (a essência das Ideias Germinais) durante o processo quântico de assimilação na terceira Revolução de Saturno, no Globo “C”, objetivando ulterior projeção quântica de conteúdos psíquicos e de conteúdos psíquico-quânticos.

Através de postulados, os conteúdos das Regiões Continental, Oceânica e Aérea formam a Mente humana (diagrama I). Os Egos (os Espíritos Virginais), desde a primeira Revolução do Período de Saturno, no Globo “A”, reuniram conteúdos, em gérmen, para formar consciência, em Si-mesmos, pois, antes de iniciar esse primeiro evento divino e coletivo (diagrama IV), eles tinham apenas consciente de Si-mesmos (não tinham conhecimento das Coisas externas).

Quarta região - Região das Forças Arquetípicas: contém as Forças Arquetípicas e a Mente humana. É o ponto focal (análogo ao núcleo atômico) através do qual o Espírito Humano (o Ego) se reflete na matéria; todavia, o Poder Anímico e a Mente Criadora dos Elohim (do Espírito Santo) mantêm a mente dos seres humanos iluminada, imaginativa, pensante e criativa, de acordo a dinâmica do inconsciente.

Podemos analisar essa ideia de forma esquemática pelo modo psicológico. Por exemplo, as formas nos mundos inferiores são como reflexos ou representações do Espírito Humano (do Ego), dos Mundos Superiores, sendo:
A quinta região, pelo lado do Espírito Humano, se reflete na terceira região, na mais próxima do ponto focal pelo lado da Forma.
A sexta região se reflete na segunda região.
A sétima região se reflete na primeira região.
A quarta região funciona como uma espécie de “ponte”. Temos sete dimensões (7D) que se manifestam em diferentes espaços-tempos, numa natureza de dobra do tempo: assim temos a hipótese da dobra do tempo psíquico, que foi uma das ideias germinais de JUNG (2018, pp.212-213; pp.218-225) em “Cartas de C. G. Jung - 1946-1955”.

Pela dobra do tempo psíquico as duas camadas da psique (inconsciente coletivo e inconsciente pessoal) e as duas naturezas da psique (subjetiva e a objetiva), podem-se observar fenômenos de sincronicidade pelas projeções de conteúdos psíquicos entre “dois mundos”. Essas projeções de conteúdos psíquicos entre a Região Abstrata e a Região Concreta do Pensamento (diagrama I), ocorrem através da “ponte” entre as duas camadas da psique. Podemos observar nesse processo psíquico-quântico fenômenos de sincronicidade, tendo como paradigma a teoria das pontes de Einstein-Rosen, quando as analisa pelas teorias de HAMEROFF (2016), KANT (2001), LIBET (2004) e de MINKOWSKI (1995).

Observamos a hipótese da psicologia quântica da anima e do animus e a hipótese da progênie e projeção quântica de conteúdos psíquicos e de conteúdos psíquico-quânticos no inconsciente, cuja raiz dos conteúdos psíquicos é composta pelas camadas mais profundas das sub-regiões, nas duas grandes Regiões: Abstrata e Concreta do Pensamento.

Por postulado, a Região Abstrata do Pensamento constitui o que chamamos de psique subjetiva. A Região Concreta do Pensamento constitui o que chamamos de psique objetiva. Pela composição das duas grandes Regiões Abstrata e Concreta do Pensamento, temos o que JUNG (2000) chamou de “a natureza da psique”, com suas duas camadas: o inconsciente coletivo e o inconsciente pessoal, conforme JUNG (1985, pp.32-50) em “Fundamentos de Psicologia Analítica”.

“É um preconceito supor que algo nunca pensado possa ter existência dentro da psique. Há muitas provas de que a consciência está longe de abranger a totalidade da psique. Muitas coisas acontecem num estado de semiconsciência e, outras tantas sucedem inconscientemente [...]. Em todo o caso, a psicologia médica foi profundamente marcada pela importância de tais fenômenos, que provocam todo tipo de sintomas psíquicos e fisiológicos”, JUNG (2012, pp.274-358) em “Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo”.