Psicologia do Movimento LGBTQIA+
Texto extraído do Ensaio de Psicologia
Fundamentos de Psicologia Esotérica - autor: Adão José Gonçalves da Cruz
Processo de Reintegração da Consciência Quântica – parte 1
Arquétipos da Homossexualidade e de Intersexo
Pelo método da análise estruturada de sistemas (AES), diante do apresentado no capítulo I, devemos analisar a afirmativa de JUNG (2012, pp.111-123) em “Sincronicidade - a dinâmica do inconsciente”, que “[...] designa o paralelismo de espaço e de significado dos acontecimentos psíquicos e psicofísicos, que nosso conhecimento científico até hoje não foi capaz de reduzir a um princípio comum”.
Pela análise dos anteriores capítulos, ao se aprofundar nas pesquisas do arquétipo de Babilônia e no arquétipo de Nova Jerusalém (analisados no final deste capítulo); sabendo que modalidades ou atividades homossexuais e de intersexos envolvem membros do mesmo gênero, é por definição não produtiva, estéril a relação social que existe, pois, no máximo para gratificar os desejos dos participantes.
Assim, pelos aspectos da antropologia social, observamos que o homem afeminado ou a mulher masculina identifica-se como pessoa homossexual ou de intersexo. O mesmo pode ser dito da modalidade heterossexual que deliberadamente evita a fertilização (deferentectomia), no máximo para gratificar os desejos dos participantes, também, por desejos egoístas.
De acordo os parágrafos acima, esta não é a vereda que este Ensaio segue. Debatemos o fator da homossexualidade e de intersexo do modo psicológico, de algo que contribua para resgatar a homeostase desses seres humanos que estão passando por fortes e traumáticos processos psíquico-quânticos semiconscientes; todavia, muito delicado na atual situação netuniana da globalização social. Como buscadores da verdade neste tempo netuniano, de decepção global e notícias falsas, pessoas são encorajadas a usar o poder do discernimento para manter suas visões sobre a verdade, conforme apresentado por HEINDEL; FOSS HEINDEL (2011, pp.380-404) em “The Message of the Stars - Chapter XVII: Neptune, the Planet of Divinity”.
“Assim como a criança precisa desenvolver-se para poder ser educada, da mesma forma a personalidade deve primeiramente desabrochar, antes de ser submetida à educação. E aqui já começa o perigo. Precisamos lidar com algo de imprevisível, pois não sabemos como e em que servido se desenvolverá a personalidade em formação. Mesmo a doutrina cristã nos educa para acreditarmos no mal original da natureza humana. Mas até os que já se afastaram da doutrina cristã são por natureza desconfiada e temerosa a respeito das possibilidades ocultas nos abismos de si próprias. Psicólogos esclarecidos e materialistas como Freud dão-nos uma idéia muito desagradável acerca do que jaz adormecido nos últimos redutos e abismos da natureza humana. Por isso é quase uma ousadia o fato de falarmos a favor do desenvolvimento da personalidade. O espírito humano é repleto de contradições curiosíssimas. Louvamos a ‘santa maternidade’, sem pensarmos em torná-la responsável também por todos aqueles monstros humanos, como grandes criminosos, loucos perigosos, epiléticos, idiotas, aleijados de toda a espécie, uma vez que todos foram dados à luz. Sentimo-nos pressionados por graves dúvidas se tivermos de concordar com o desenvolvimento livre da personalidade humana. ‘Então tudo seria possível’, é o que se diz. Ou, por outra, estaremos dando oportunidade para que nos faça a objeção pouco inteligente do ‘individualismo’. O individualismo nunca foi um desenvolvimento natural, mas sim uma usurpação contrária à natureza, uma atitude inadequada e impertinente, que muitas vezes se revela oca e sem consistência, por desabar à primeira dificuldade encontrada. Aqui se trata de outra coisa”, JUNG (1972) em “O Desenvolvimento da Personalidade - capítulo VII - Da formação da personalidade”.
Sabemos que o experimento e aprendizado na adolescência configuram como sendo um período de evolução mental, emocional e psicológico, análogo ao período de involução física, neurológica e psicológica que o Ego (diagrama I) experimentou quando no processo gestacional, antes do seu (re)nascimento no Mundo Físico; todavia, configurado pelo “batismo estelar”, i.e., ao processar as iniciais experiências da sua primeira respiração ou troca gasosa, como apresentado por GUYTON; HALL (2011, pp.509-518) em “Tratado de Fisiologia Médica - Capítulo 39 - Princípios Físicos das Trocas Gasosas; Difusão de Oxigênio e Dióxido de Carbono através da Membrana Respiratória”, que passa a constituir o conjunto de processos neurológicos e aprendizagens do sujeito.
“[...] Assim o homem deu nomes a todos os rebanhos domésticos, às aves do céu e a todos os animais selvagens. Todavia não se encontrou para o homem alguém que o auxiliasse e lhe correspondesse. Então o Senhor Deus fez o homem cair em profundo sono e, enquanto este dormia, tirou-lhe uma das costelas, fechando o lugar com carne. Com a costela que havia tirado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher e a trouxe a ele. Disse então o homem: ‘Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada’. Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne. O homem e sua mulher viviam nus, e não sentiam vergonha”, Gênesis 2:20-25.
“[...] Como o leitor já terá percebido, não estamos tratando de um conceito filosófico e muito menos de um conceito religioso de alma e sim do reconhecimento psicológico da existência de um complexo psíquico semiconsciente, cuja função é parcialmente autônoma. É obvio que esta constatação nada tem a ver com os conceitos filosóficos ou religiosos da alma, do mesmo modo que a psicologia nada tem a ver com a filosofia e com a religião [...]”, JUNG (1984, pp.64-115) em “O Eu e o Inconsciente”.
Segundo, JUNG (1972), “O individualismo nunca foi um desenvolvimento natural, mas sim uma usurpação contrária à natureza, uma atitude inadequada e impertinente, que muitas vezes se revela oca e sem consistência, por desabar à primeira dificuldade encontrada.” Diante disso, precisamos compreender a profundidade do apresentado em Gênesis 2: o homem deixará pai e mãe (genitores físicos) e se unirá à sua mulher (a anima); a mulher deixará pai e mãe (genitores físicos) e se unirá ao seu homem (ao animus) e eles se tornarão uma só carne.
Pela biologia, temos os cromossomos XX (que gera fêmea) e XY (que gera macho); onde analisamos que toda mulher pode gerar macho e fêmea, pelo seu DNA; o homem possui cromossomos XY, no seu DNA, transmitido pelo espermatozoide para impregnar óvulos que, regra geral, 23 cromossomos da mulher e 23 do homem, totalizando 46 cromossomos. Este tema foi analisado no primeiro Ensaio, DA CRUZ (2020) em “C. G. Jung e os Condensados Bose-Einstein: Neuropsicologia Quântica - Capítulo I - Da Brevidade da Vida”.
A nomenclatura “intersexo”, ou outra que venha ser adotada, alude ser pessoa natural, sem qualquer intervenção cirúrgica e ou farmacológica, que desenvolveu características sexuais que são parte de ambas as definições típicas de sexo masculino (XY, ♂) e do sexo feminino (XX, ♀); todavia, continuam tendo nos seus processos inconscientes a ação da anima e animus, conforme JUNG (1986, pp.86-87) em “O Eu e o Inconsciente”. Esses processos neurobiológicos e neuropsicológicos são realizados no útero materno, sem qualquer intervenção farmacológica e ou cirúrgica?
Existem variações neurobiológicas quanto ao fenômeno, pois, algumas pessoas intersexo nascem com genitais fora do típico, outras nascem com genitais completamente comuns. Todavia, quem tem que decidir em qual categoria sexual, de gênero etc., ou seja, qual personalidade e persona irão se manifestar no Mundo Físico é o Ego (diagrama I), pois, somente os processos psíquico-quânticos inconscientes determinam o verdadeiro comportamento dessa pessoa e essa decisão precisa ser respeitada.
Em debate sobre a “Hipótese da Progênie da Homossexualidade: parte 2 - Complexo Psíquico-quântico Inconsciente da Anima e Animus”, podemos observar as interferências no processo neuropsicológico quântico, através dos complexos no inconsciente pessoal, pela ação da anima e animus. Todavia, pela análise dos fenômenos psíquico-quânticos sem intervenção de forças ou agentes externos, todos os seres humanos somente utilizam da energia psíquica do próprio Ego e da sua criatura: a personalidade, durante o processo psíquico-quântico da individuação, JUNG (1985, pp.47-116) em “O Eu e o Inconsciente”.
Para melhor entender todo o processo das interferências na natureza da psique ao longo dos anos na vida de quaisquer pessoas, devemos considerar o poder do mito e suas transformações através do tempo. Sempre observando os atuais heróis de mil faces e suas personas na moderna sociedade da informação e da comunicação (SIC), sobrepostas pelos sincretismos e sofismas de épocas e pelas interpolações da realidade aumentada (AR) e da realidade virtual (VR).
Do ponto de vista neuropsicológico e antropológico (biológico e social), podemos observar em Gênesis 1, que estava sendo preparado ambiente externo (para a individuação), pela manifestação dos Espíritos Virginais que iniciavam sua nova jornada externa; que em ulterior processo poderia “resgatar” seu potencial energético divino, conforme em Gênesis 2. Todavia, infelizmente, culminou na “Queda” ou “Expulsão do Jardim do Éden”, Gênesis 3, ao tentar exteriorizar seu potencial energético em propósitos aquém do Plano Divino.
Por analogia, do ponto de vista microcósmico, podemos observar o conflito entre o Ego e sua criatura autônoma - a personalidade - que em ulterior processo poderia “resgatar” seu potencial energético divino (Gênesis 1:26-27), pela homeostase da anima e animus. Entretanto, infelizmente, culminou na homossexualidade e no intersexo pelos complexos psíquico-quânticos no inconsciente pessoal, ao tentar exteriorizar seu potencial energético em propósitos aquém de Si-mesmo, ao desviar-se do processo psicológico esotérico da Constelação Familiar (diagramas II, V e VII).
Analisando pela observação participante, podemos observar que o maior problema do ser humano em discutir conscientização, pensamentos, memória e aprendizado reside no fato de não conhecer os seus processos psíquico-quânticos e nem o mecanismo neuronal do pensamento, onde submerge sua dimensão compacta, i.e., a personalidade.
Diante disso buscam tendências à unificação de ideias ou de doutrinas diversificadas pelo sincretismo que, por vezes, até mesmo inconciliáveis, bem como para a percepção global e indistinta, da qual surgem, depois, objetos distintamente percebidos: conflitos pela ausência de Constelação Familiar “culpando” sua homossexualidade, o intersexo, ou seja, criam todo o cenário onde observam o espetáculo da anima versus animus, pois, pelos complexos direciona o sujeito para a depressão, ao suicídio etc.
O processo social e psicológico da constelação familiar é um método criado pelo alemão Bert Hellinger (1925-2019), que se dedicou aos estudos sobre o comportamento e a psique humana; estudou psicanálise, análise transacional, terapia primal etc., até que chegou às técnicas da constelação familiar.
Hellinger - pela constelação familiar - observou que quando algum evento traumático ocorre dentro duma família, p.ex., suicídio, homossexualidade, intersexo, estupro, morte prematura, morte violenta, abandono, falência etc., ao pesquisar o passado dessa mesma família poderão encontrar o mesmo fato traumático repetido no passado (ver diagrama II).
Sendo algo mais forte, ainda que não tenhamos conhecimento do fato ou mesmo que se tente fugir dele, é um ciclo que se repete através de um emaranhado energético onde estão enredados todos os pertencentes àquele sistema familiar. Isso é trabalhado na constelação familiar, com a finalidade de suavizar estes emaranhados, devolver ao passado o que é dele, honrar nossos antepassados e proteger nossos descendentes.
A Constelação Familiar (seja pelas técnicas da psicologia esotérica ou pelas técnicas de Hellinger) não considera a pessoa como um indivíduo único, solto no mundo, ela considera o indivíduo como pertencente a um sistema do qual ele veio: o sistema familiar. Ainda que a pessoa não conheça sua família de origem (antropologia social e biológica), ela traz consigo não só os traços físicos, traços de temperamento, tendências, como também a bagagem energética pertencente à família. Portanto, não adianta fugir ou negar o sistema familiar do qual pertencemos, ele está em nós, faz parte dos processos psíquico-quânticos do sistema Ego (diagrama I).
E quando isso é negado, reprimido ou excluído, é justamente nesse momento que é preciso se fazer representar. Isso pode ser observado em muitos casos, inclusive nos casos de adoção mal-sucedidos, onde se esconde da criança que ela é adotada, ou onde se reprime que ela fale ou saiba do seu passado, que possui tendências à homossexualidade, ao intersexo, por exemplo. Numa nova família, geralmente, a criança é bem cuidada e ensinada, mas de alguma forma, procura ambientes de drogas, roubo, furto, prostituição, homossexualidade, fugas de casa etc., que pode representar o anterior sistema familiar negado, reprimido ou excluído.
Outro evento importante observado por Hellinger, que se tornou objeto de trabalho da constelação, são as famílias trianguladas. Famílias onde o filho assume o lugar de pai; a mãe, de filha; o pai, de filho ou o filho do genitor ausente etc. Qualquer hierarquia familiar que esteja trocada causa extrema pressão psicológica sobre os envolvidos. Como se a pessoa tivesse que “assumir” (assumir por necessidade e de fato, não como dever social) da sua própria função e da função do outro e isso pesa, aumentando a infelicidade do sujeito e o desequilíbrio familiar. Isso pode ser corrigido pela Constelação Familiar, seja pelas técnicas da psicologia esotérica ou pelas técnicas de Hellinger.
Ao analisar os parágrafos anteriores pode-se comprovar que o maior problema do ser humano em discutir conscientização, pensamentos, memória e aprendizado reside no fato de não conhecer os seus processos psíquico-quânticos e nem o mecanismo neuronal do pensamento, onde submerge sua dimensão compacta, i.e., a personalidade.
A constelação familiar (pelas técnicas de Hellinger) pode ser feita individualmente ou em grupo, obtendo o mesmo resultado em ambas as plataformas; todavia, em grupo é mais profunda e circunspecta, porque direciona o grupo (mesmo inconsciente) na discussão dos processos do Inconsciente Coletivo, onde encontrará todo o suporte para a conscientização dos seus processos psíquico-quânticos da anima e animus.
Todavia, a constelação familiar (pelas técnicas da psicologia esotérica) só pode ser feita individualmente; todavia, obterá resultados profundos e transformadores durante os processos psíquico-quânticos da anima e animus. Além dos resultados acima, pelo significado sincronístico, realizará o processo psíquico-quântico da autorrealização ou individuação, conforme JUNG (1985, pp.47-116) em “O Eu e o Inconsciente”.
“A psicologia, de certo modo, deixou a pouco de caminhar às apalpadelas para atingir essa estrutura, e agora surge o fato de a filosofia alquímica da natureza, entre outras coisas, ter tomado para seus objetos mais importantes os pares de opostos e a negação deles. Sem dúvida emprega ela em sua representação uma terminologia de símbolos que amiúde lembra a linguagem de nossos sonhos, pois estes se ocupam muitas vezes com o problema dos opostos. Enquanto a consciência procura o sentido unívoco e as decisões claras, deve ela constantemente libertar-se de argumentos e de tendências opostos; nessa tarefa especialmente os conteúdos incompatíveis ou permanecem de todo inconscientes ou são preteridos de modo habitual e até mesmo proposital. Quanto mais isto acontece, tanto mais inconsciente permanece a posição oposta”, JUNG (1985, XI-XVIII) em “Mysterium Coniunctionis.
Através de postulados e hipóteses podemos ajuizar que, em geral, todos os seres humanos renascem duas vezes durante cada fase do Zodíaco (diagrama II), num período aproximado de 2.160 anos; ora expressando o lado feminino (anima), ora o lado masculino (animus) para ter ampla gama de experiência em cada corpo. Ocasionalmente, o Ego pode querer expressar-se em uma das forças que mais lhe fez falta (Sol / masculino / animus ou Lua / feminino / anima), somado a outros elementos psíquicos do inconsciente pessoal, objetivando sua homeostase.
Uma vez que, proporcionalmente, muitas pessoas heterossexuais exibem determinadas qualidades de gênero, variante como os homossexuais e intersexos; podem ser observados de passagem, à medida que a humanidade se aproxima da Era de Aquário. Os gêneros individuais mostrarão cada vez mais ampla gama de expressão pessoal e comportamentos tradicionalmente associados ao sexo oposto.
Atração entre pessoas do mesmo sexo é universal e natural, pois, baseada nas inúmeras características e qualidades que fazem uma pessoa atraente, seja atração física, moral, intelectual ou espiritual. Se essa atração se transforma na esfera sensual e especificamente procura ou responde à gratificação do desejo sexual despertado, então essa atração torna-se o que os primeiros padres da Igreja chamaram de concupiscência e o que os anglo-saxões chamam de luxúria.
As mesmas relações sociais de gênero não são de forma nenhum sinônimo de homossexualidade ou de intersexo (da forma que esses termos são usualmente interpretados), uma vez que, na grande maioria dos casos, a expressão sexual não desempenha nenhuma parte nessas relações. Por exemplo, em amizades íntimas há apreciação mútua e interesses compartilhados, que são o foco principal de atenção ou atração, ao invés de interesse puramente sexual.
A maioria das pessoas considera o casamento como licença ilimitada para a gratificação do desejo sexual. Aos olhos da lei, talvez seja isso, mas nenhuma lei feita pelo ser humano, nem pelo uso e costume, tem qualquer direito de governar os assuntos de heterossexualidade, homossexualidade, de intersexo ou outras nomenclaturas que conduzem tais assuntos.
Há muito tempo se ensina que a função sexual não deve ser usada para gratificação, mas somente para propagação da espécie, pois, todo o ser humano possui imagem e semelhança Divina: Gênesis 1:26-27. Como estamos em pleno desenvolvimento e aprendizagem (individual e em grupo) para alcançar esses arquétipos primordiais (imagem e semelhança Divina); por isso, existe o processo do casamento, além de sagrado, deve ser encarado como relacionamento psíquico.
O que devemos observar é a erosão da disciplina moral (e não do moralismo), ocasionada pelo aumento da secularização da sociedade e o enfraquecimento da autoridade religiosa tradicional, que se manifesta geralmente em maior liberdade sexual e licenciosidade, incluindo a homossexualidade e intersexo. Quanto ao destino gerado por qualquer atividade sexual, de qualquer estilo ou tipo, cada pessoa possui o seu corpo e é responsável diante da Lei de Consequência.
O fator adicional que se carrega em relações homossexuais e de intersexo é que tratam como obviável, remediável, a função essencial e a razão para a coabitação e o casamento sem procriação. É dever e privilégio (a ser exercido com agradecimentos pela oportunidade) que todas as pessoas saudáveis, física e mental, possam gerar novo corpo para outro Ego renascer (diagramas I e II), bem como cuidar do mesmo e prepará-lo para viver no mundo.
Quanto à adoção de criança(s) por casal homossexual ou intersexo é louvável, se o motivo for de intenção altruísta, para fornecer ambiente e melhor desenvolvimento da(s) criança(s) na sociedade, pois, agindo assim o casal está contribuindo para a perpetuação da raça humana.
“[...] O amor consciente para com o pai e a mãe favorece a escolha de um consorte semelhante ao pai ou à mãe. Ao contrário, a ligação inconsciente (a qual não precisa de maneira alguma manifestar-se como amor) dificulta a escolha desse consorte e força modificações curiosa. Para compreendê-las deve-se saber antes de qualquer coisa donde provém essa ligação inconsciente com os pais e em que circunstâncias ela força a escolha ou até a impede. Em regra, a vida que os pais podiam ter vivido, mas foi impedida por motivos artificiais, é herdada pelos filhos, sob uma forma oposta. Isso significa que os filhos são forçados inconscientemente a tomar um rumo na vida que compense o que os pais não realizaram na própria vida. Assim, pais exageradamente moralistas têm filhos do tipo conhecido como sem moral, e um pai irresponsável e boêmio tem um filho dotado de ambição doentia, e assim por diante. A inconsistência artificial dos pais tem as piores conseqüências. Isso se dá, por exemplo, no caso de uma mãe que de modo artificial se mantém inconsciente para não perturbar a aparência de um bom matrimônio, mas inconscientemente conserva o filho muito preso a si mesmo, quase como um substitutivo do marido. Por essa razão, o filho não precisa sentir-se sempre impelido para a homossexualidade, mas apenas para outras modificações na escolha, as quais na verdade não lhe são condizentes [...]”, JUNG (1972) em “O Desenvolvimento da Personalidade ˗ capítulo VIII ˗ O casamento como relacionamento psíquico”.
Desde a primeira metade do século XX, a humanidade está num tempo em que a busca pela liberdade espiritual é confundida com a liberdade de fazer o que se gosta, ou o que pensa gostar; ao mesmo tempo exigindo a isenção da responsabilização por suas ações. Ironicamente, muitos homossexuais e intersexos, em virtude da inteligência e da prosperidade material que possuem, encontram-se qualificados para cuidar de almas avançadas; todavia, passam por tempos difíceis ao buscar ambiente interno apropriado ˗ em Si-mesmo ˗ para tentar educar outras pessoas. Todavia, a força de vontade prevalece.
“[...] A escolha do parceiro normalmente se realiza por motivos inconscientes e instintivos, desde que o casamento não tenha sido arranjado pela inteligência, pela astúcia ou pelo tal amor providente dos pais; deve-se ainda supor igualmente que não tenha havido deformação do instinto primitivo dos filhos, seja pela educação errada ou pela influência oculta proveniente de complexos que os pais tenham negligenciado em si mesmos ou acumulado [...]”, JUNG (1972) em “O Desenvolvimento da Personalidade ˗ O casamento como relacionamento psíquico”.
O que atualmente parece haver irrupção na prevalência da atividade homossexual e de intersexo; pode ser visto como uma fase transitória em um processo maior (diagrama II). A dissolução das estruturas e diretrizes associadas (familiares) e institucionais (religiosas) está criando reviravoltas culturais que se manifestam como crises na busca de um identificador, cuja experimentação problemática pela busca de prazer sem alegria; na insegurança mascarada como desafio.
Estes sintomas de mudança cultural e de crença devem, com o tempo, dar forma à reforma para a reformulação de estruturas relacionais mais inclusivas, constituída em práticas mais altruístas e regenerativas, para que todas as pessoas possam iniciar o seu processo psíquico-quântico da individuação.
“[...] A individuação, no entanto, significa precisamente a realização melhor e mais completa das qualidades coletivas do ser humano; é a consideração adequada e não o esquecimento das peculiaridades individuais, o fator determinante de um melhor rendimento social. A singularidade de um indivíduo não deve ser compreendida como uma estranheza de sua substância ou de suas componentes, mas sim como uma combinação única, ou como uma diferenciação gradual de funções e faculdades que em si mesmas são universais. Cada rosto humano tem um nariz, dois olhos, etc., mas tais fatores universais são variáveis e é esta variabilidade que possibilita as peculiaridades individuais. A individuação, portanto, só pode significar um processo de desenvolvimento psicológico que faculte a realização das qualidades individuais dadas; em outras palavras, é um processo mediante o qual um homem se torna o ser único que de fato é. Com isto, não se torna ‘egoísta’, no sentido usual da palavra, mas procura realizar a peculiaridade do seu ser e isto, como dissemos, é totalmente diferente do egoísmo ou do individualismo. [...]”, JUNG (1985, pp.47-50) em “O Eu e o Inconsciente”.