Psicologia do Suicídio
Texto extraído do Ensaio de Psicologia
Processos Psíquico-quânticos da Anima e Animus : C. G. Jung e os Condensados Bose-Einstein
autor: Adão José Gonçalves da Cruz
As Hierarquias do Zodíaco e o Som dos Arquétipos da Natureza Humana: Parte 2
O Inconsciente Pessoal e Processo Psíquico-quântico do Suicídio No capítulo anterior foram apresentados gêneros musicais como hipótese da psicogênese de doenças mentais, porque estão ligados aos órgãos reprodutivos e na parte superior ao cérebro, órgão físico que se relaciona com o pensamento e este, de forma sincronística, tem forte influência no inconsciente pessoal.
“Enquanto o inconsciente pessoal é constituído essencialmente de conteúdos que já foram conscientes e, no entanto desapareceram da consciência por terem sido esquecidos ou reprimidos, os conteúdos do inconsciente coletivo nunca estiveram na consciência e, portanto não foram adquiridos individualmente, mas devem sua existência apenas à hereditariedade. Enquanto o inconsciente pessoal consiste em sua maior parte de complexos, o conteúdo do inconsciente coletivo é constituído essencialmente de arquétipos”, JUNG (2012, pp.51-62) “Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo”.
“[...] Mas o que não é bem conhecido e, embora teoricamente seja da maior importância, é que os complexos podem ‘ter-nos’. A existência dos complexos põe seriamente em dúvida o postulado ingênuo da unidade da consciência que é identificada com a ‘psique’, e o da supremacia da vontade. Toda constelação de complexos implica um estado perturbado de consciência. Rompe-se a unidade da consciência e se dificultam mais ou menos as intenções da vontade, quando não se tornam de todo impossíveis. A própria memória, como vimos, é muitas vezes profundamente afetada. Daí se deduz que o complexo é um fator psíquico que, em termos de energia, possui um valor que supera, às vezes, o de nossas intenções conscientes; do contrário, tais rupturas da ordem consciente não seriam de todo possíveis. De fato, um complexo ativo nos coloca por algum tempo num estado de não liberdade, de pensamentos obsessivos e ações compulsivas para os quais, sob certas circunstâncias, o conceito jurídico de imputabilidade limitada seria o único válido”, JUNG (2000 §200) em “A Natureza da Psique – Considerações Gerais Sobre a Teoria dos Complexos”.
“O que é, portanto, cientificamente falando, um ‘complexo afetivo’? É a imagem de uma determinada situação psíquica de forte carga emocional e, além disso, incompatível com as disposições ou atitude habitual da consciência. Esta imagem é dotada de poderosa coerência interior e tem sua totalidade própria e goza de um grau relativamente elevado de autonomia, vale dizer: está sujeita ao controle das disposições da consciência até certo limite e, por isto, se comporta, na esfera do consciente, como um corpus alienum corpo estranho, animado de vida própria. Com algum esforço de vontade, pode-se, em geral, reprimir o complexo, mas é impossível negar sua existência, e na primeira ocasião favorável ele volta à tona com toda a sua força original. Certas investigações experimentais parecem indicar que sua curva de intensidade ou de atividade tem caráter ondulatório, com um comprimento de onda que varia de horas, dias ou semanas. Esta questão é muito complicada e ainda não se acha de todo esclarecida”, JUNG (2000, §201) em “A Natureza da Psique – Considerações Gerais Sobre a Teoria dos Complexos”.
Estudos sobre o suicídio pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a International Association for Suicide Prevention (Iaps) instituíram “10 de setembro”, como o “Dia Mundial para Prevenção do Suicídio”.
A OMS, no relatório em 2019, estimou que mais de 800 mil pessoas dão fim à própria vida todos os anos no mundo. Relatou que o suicídio é um grande problema de saúde pública e mundial, pois cerca de 75% dos casos ocorreram em países de baixa e média renda. No relatório, o Brasil aparece como sendo o oitavo país nas Américas em número de suicídios.
“Globalmente, a maioria das mortes por suicídio ocorreu em países de baixa e média renda (79%), onde a maioria da população mundial vive (84%). Em relação à idade, mais da metade (52,1%) de suicídios globais ocorreram antes dos 45 anos. A maioria dos adolescentes que morreram por suicídio (90%) era de países de baixa e média renda, onde vivem quase 90% dos adolescentes do mundo”, World Health Organization (WHO) – Suicide in the world Global Health Estimates, p.11.
Diante do relatório da OMS, é ilusão pensar que o Brasil é um país alegre, sem grandes preocupações de saúde. Pode-se avaliar que o que está acontecendo é um processo muito grande de individualismo, de disputa, de competitividade e tudo tem a ver, estruturalmente, com as ideias de suicídio, pois, as pessoas se sentem sós nas grandes metrópoles. O relatório aponta que o envenenamento, o enforcamento e o uso de armas de fogo são os métodos mais comuns de suicídio global. Limitar o acesso a estes meios podem ajudar a evitar que pessoas morram por suicídio. Um dos fatores importantes para a redução das mortes é um compromisso dos governos municipal, estadual e federal para a criação e adequação de planos coordenados de ação conjunta entre os três poderes: legislativo, executivo e judiciário.
Segundo a OMS, apenas 28 países são conhecidos por ter estratégias nacionais de prevenção do suicídio. O levantamento aponta ainda que a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio e o preconceito em torno deste tipo de morte impede que famílias e sociedades abordem a questão abertamente, de forma eficaz.
Observa-se em KANT (2003, §6) em “A Metafísica dos Costumes – Do Suicídio”, que o perfil do suicídio de idosos no Brasil, a depressão é amplamente reconhecida como sendo o principal fator associado com o comportamento da população da “terceira idade”. Entre os idosos, surge frequentemente a questão do uso indevido de medicamentos como um meio para o suicídio. No entanto, o benefício que se obtém com o tratamento da depressão contrabalança largamente qualquer impacto negativo da medicação de antidepressivos.
O número de suicídios entre os idosos pode ser diminuído se os responsáveis na área da saúde estiverem atentos às mensagens suicidas. Cerca de 70% dos idosos que cometem suicídio são conhecidos por partilhar as suas ideações suicidas com um membro da família ou com outros indivíduos antes de cometerem o suicídio. Portanto, entrevistas com pessoas que lhes são próximas, que constituem um instrumento vital, são imprescindíveis com esta população, i.e., sempre que membros da família e amigos possam ser questionados.
Por outro lado, dentro do perfil do suicídio de crianças e adolescentes, os profissionais na área da saúde, inclusive pessoas voluntárias em organizações não governamentais (ONGs) podem ter um papel vital na prevenção do suicídio. Quando uma criança ou um adolescente se coloca em risco de suicídio é porque está com dificuldades de comunicação para tentar resolver seus problemas íntimos, por não saber lidar com o stress e nem expressar suas emoções e sentimentos. Em alguns casos, a pressão negativa, através do bullying na escola, na comunidade, no trabalho pode estar por detrás do comportamento autodestrutivo.
O comportamento suicida entre crianças e adolescentes muitas vezes envolvem motivações complexas, JUNG (2000, §796-815) em “A Natureza da Psique – A Alma e a Morte”, incluindo humor depressivo, problemas emocionais e comportamentais, abuso sexual e psicológico, etilismo, abuso de substâncias psicoativas. Outros fatores de suicídio entre os jovens incluem a perda de relações românticas, a incapacidade de lidar com desafios acadêmicos e outras situações estressantes da vida e questões associadas com poucas competências para resolver problemas, baixo amor-próprio, conflitos da identidade sexual.
É preciso saber que pessoas que se identificam ou permitem por meio dos termos homossexualidade ou LGBTQIA+, em si mesmas não se tornam afrontas sociais e nem se classificam como risco de suicídio, podem caracterizar-se apenas como problema social devido o comportamento particular da pessoa e da família.
Toda pessoa tem sua vida psíquica e nessa vida tem seus complexos; todavia, os termos acima classificados não são inerentes dos seres humanos, apenas se tornam complexos quando a pessoa os admite como complexos, p.ex., a deferentectomia. É uma escolha pessoal e a sociedade tem que respeitar essa escolha, pois, cada cidadão compõe a base da sociedade onde vive, quando respeita as leis, paga seus impostos sociais, ou seja, banca parte dos custos da sociedade e dos seus agentes e servidores públicos em geral.
Pelo lado social da família, crianças em risco de suicídio frequentemente experimentam uma vida em família disfuncional e conflituosa onde mudanças, tais como o divórcio e o abandono, podem resultar em sentimentos de desamparo e de perda de controle. O histórico familiar com doenças psiquiátricas, com níveis elevados de disfunção familiar, rejeição na família, negligência e abusos na infância/adolescência aumentam o potencial para o suicídio.
Os suicídios consumados de jovens estão associados a taxas mais elevadas de perturbações psiquiátricas na família, p.ex., menor apoio familiar pela ideação ou comportamento suicida anterior; problemas disciplinares ou legais e armas de fogo em casa. A ideação suicida e a tentativa de suicídio aparecem mais frequentemente entre crianças e adolescentes que foram vítimas de abuso sexual por parte de colegas na escola, familiares e de estranhos ao meio familiar.
Um fator de risco adicional para o suicídio entre adolescentes é o suicídio de figuras proeminentes (ídolos, pessoas conhecidas) ou de indivíduos (admiradas por ele, dentro e fora da família) que o adolescente conheça pessoalmente ou segue pelas redes sociais virtuais. Particularmente entre os jovens, existe também o fenômeno de suicídios em grupo, por aplicativo virtual, pelas redes sociais. Uma tentativa de suicídio ou suicídio consumado se for divulgado como notícia, pode levar a comportamentos de autodestruição em grupo de colegas ou outras comunidades semelhantes que imitem o estilo de vida ou atributos de personalidade do suicida.
Existem alguns indícios que justificam a implantação de medidas preventivas quando acontece suicídio de criança/adolescente, particularmente em contextos escolares. Entre os adolescentes de 16 anos e mais velhos, o etilismo e o abuso de substâncias psicoativas aumentam significativamente o risco de suicídio em tempos de sofrimento. Perturbações do humor e da ansiedade, fugir de casa e o sentimento de desespero também aumentam o risco de tentativas de suicídio. As tentativas de suicídio de adolescentes estão muitas vezes associadas a experiências de vida humilhante, tais como fracasso na escola, no trabalho, conflitos interpessoais com parceiro(a) romântico(a) etc.
O diagnóstico de perturbação da personalidade está associado com 10 vezes mais suicídios, pois entre aqueles que não apresentam diagnóstico, enquanto 80% dos adolescentes que morrem por suicídio poderia ter sido diagnosticado com perturbações do comportamento, perturbação de stress pós-traumático ou sintomas violentos e agressivos. Dentro deste quadro podemos observar o estado mental e o suicídio na atual sociedade brasileira. Nesse quadro social, três características são próprias do estado quantificado das mentes suicidas:
1. Ambivalência: A maioria das pessoas já teve sentimentos confusos de cometer suicídio. O desejo de viver e o desejo de morrer oscilam como uma gangorra nos indivíduos suicidas. Há uma urgência de acabar com a dor e um desejo incessante de viver. Muitas pessoas suicidas não querem morrer, realmente, é somente para aplacar sua infelicidade naquele momento da vida. Se for acolhido e dado apoio emocional, o desejo de viver aumenta e o risco de suicídio diminui.
2. Impulsividade: Suicídio é um ato impulsivo, como qualquer outra investida impensada. Impulsos para cometer suicídio são transitórios, pois duram alguns minutos ou horas. É usualmente desencadeado por eventos negativos quantizados do dia a dia. Acalmando a pessoa, ela pode sair da crise e ganhar tempo, onde o profissional da saúde pode ajudar a diminuir esse desejo suicida.
3. Rigidez: Quando pessoas são suicidas seus pensamentos, sentimentos convergem para ações sumárias, com pensamentos cristalizados; elas constantemente pensam sobre suicídio e não são capazes de perceber outras maneiras para sair do complexo emocional. Elas pensam de forma rígida e de maneira drástica.
A maioria das pessoas em risco de suicídio comunica seus pensamentos e intenções suicidas. Elas frequentemente dão sinais e fazem comentários a respeito de autodestruir-se. Todos estes pedidos de ajuda não podem ser ignorados. Quaisquer que sejam os problemas, os sentimentos e pensamentos da pessoa em risco de suicídio tendem a serem os mesmos em todo o mundo.
Existem meios seguros, eficientes, humanitário para auxiliar pessoas em risco de suicídio. Quando pessoas dizem frases que as qualifiquem “em risco de suicídio”, elas geralmente são rejeitadas, ou são obrigadas a ouvir sobre outras pessoas que estiveram em dificuldades semelhantes, ou piores. Nenhumas dessas atitudes ajudam pessoas nessa situação!
O contanto inicial com pessoas em risco de suicídio é muito importante. Frequentemente o contato ocorre numa clínica, na residência da pessoa ou local público, onde pode ser difícil ouvi-la em particular e sem interferências. É preciso ter em mente que essa pessoa é um ser humano desorientado e que é portadora de sentimento, pensamento, ideação, emoção, atitude e ação suicida, portanto: 1. O primeiro passo é encontrar um lugar adequado onde a conversa tranquila possa ser mantida com privacidade razoável;
2. O próximo passo é reservar tempo necessário. Pessoas com ideação suicida usualmente necessitam de mais tempo para deixarem de se achar um fardo e a pessoa voluntária (ouvinte) precisa-se estar preparada emocional e mentalmente para prestar esse tipo de auxílio, sempre com empatia e compaixão;
3. A tarefa mais importante é saber ouvir efetivamente. Saber ouvir de forma ativa e acolhedora é o maior passo para reduzir o nível de desespero da pessoa em risco de suicídio. O objetivo inicial é preencher a lacuna criada pela desconfiança, perda de esperança e pelo desespero, para dar esperança à pessoa de que as coisas podem mudar para melhor, se ela quiser.
Como se comunicar com uma pessoa em risco de suicídio:
• Ouvir a pessoa atentamente e com tranquilidade;
• Entender os sentimentos da pessoa (empatia);
• Dar mensagens não verbais de aceitação e respeito;
• Expressar respeito pelas opiniões e valores da pessoa;
• Conversar honestamente e com autenticidade;
• Mostrar sua preocupação, cuidado e afeição com a pessoa;
• Dar toda atenção aos sentimentos da pessoa (compaixão).
Com abordagem calma, aberta, de aceitação, de não julgar nem dar conselhos com exemplos de suicídios é fundamental para facilitar a comunicação. Ouça com cordialidade. Trate com respeito. Tenha compaixão pelo sofrimento da pessoa. Empatia com as emoções e manter a conversa em absoluto sigilo.
Em todo processo de suicídio e de transtorno mental, estudos divulgados pela molecular psychiatry - Duke University – parece que encontrou ligação genética entre pobreza e risco do aumentado de depressão. O estudo revela um novo caminho neurobiológico para a depressão em adolescentes.
Estudos de vários países – desenvolvidos e em desenvolvimento – revelam dois importantes fatores relacionados ao suicídio:
1) A maioria das pessoas que cometeram suicídio tem algum transtorno mental diagnosticável;
2) Suicídio e comportamento suicida são mais frequentes em pacientes psiquiátricos. De acordo a pesquisa, esses são os grupos de diagnósticos, em ordem decrescente de risco:
• Depressão (todas as formas);
• Transtorno de personalidade (antissocial e borderline com traços de impulsividade, agressividade e frequentes alterações do humor);
• Etilismo (e/ou abuso de substâncias psicoativas por adolescentes);
• Esquizofrenia;
• Transtorno mental orgânico (com alterações na função cerebral).
Apesar de a maioria das pessoas em risco de suicídio apresentar transtorno mental, infelizmente, não procuram profissionais de saúde mental, mesmo em países desenvolvidos. Assim, o papel da equipe de atenção primária à saúde torna-se vital.
Depressão é o diagnóstico mais comum em suicídios consumados. Todos se sentem deprimidos, tristes, solitários e instáveis de tempos em tempos, mas marcadamente esses sentimentos passam. Contudo, quando os sentimentos são persistentes e interferem na vida normal, usual da pessoa, eles tornam-se sentimentos depressivos e levam a um quadro de transtorno depressivo. Alguns dos sintomas comuns de depressão são:
• Sentir tristeza profunda durante a maior parte do dia, diariamente;
• Perder o interesse para atividades rotineiras;
• Perder peso ou ganhar peso (quando não em dieta);
• Dormir demais, ou de menos, ou acordar muito cedo, diariamente;
• Sentir-se cansado e fraco o tempo todo;
• Sentir-se inútil, culpado e sem esperança;
• Sentir-se irritado e cansado o tempo todo;
• Sentir dificuldade em concentrar-se, em tomar decisões ou para lembrar-se das coisas no dia a dia;
• Ter pensamentos frequentes de morte e de suicídio.
A depressão é ignorada, por quê? Apesar da grande variedade de tratamento estar disponível para o estado de depressão, existe muitas razões para que esta doença não seja frequentemente diagnosticada:
• As pessoas frequentemente ficam constrangidas em admitir que estejam deprimidas, porque veem os sintomas como “sinal de fraqueza”;
• As pessoas estão mais familiarizadas com os sentimentos associados à depressão, então não são capazes de reconhecê-los como doença;
• A depressão é mais difícil de diagnosticar quando as pessoas têm outras doenças (comorbidade);
• Pessoas com tristeza profunda (depressão) podem apresentar-se com ampla variedade de dores e queixas vagas.
O estudo divulgado pela molecular psychiatry representa algumas das primeiras pesquisas a examinar alterações nos marcadores epigenéticos em indivíduos ao longo do tempo e relacionar isso a alterações na função cerebral. Segundo a pesquisadora, Johnna R. Swartz, 132 adolescentes caucasianos de famílias que variaram de baixo a alto nível socioeconômico participaram do estudo, com os resultados revelando que mesmo um nível socioeconômico moderadamente baixo causou diferenças biológicas que podem elevar o risco de depressão.
Neste estudo foi identificado caminho, que através do qual o baixo nível socioeconômico pode aumentar o risco para o desenvolvimento futuro da depressão, alterando a maneira como os genes são expressos e a maneira como o cérebro processa os dados e informações. Pela pesquisa, especificamente, foi verificado que adolescentes que crescem em domicílios com menor nível socioeconômico aumentam os marcadores epigenéticos próximos ao gene que já havia sido associado à depressão: pode afetar a forma como o gene é expresso.
Também foi descoberto que ter mais desses marcadores epigenéticos estavam associados ao aumento da atividade em determinada região do cérebro, que desempenha papel crítico na resposta ao estresse associado à depressão.
Foi encontrado que o aumento da atividade das amígdalas em adolescentes pode apresentar sintomas de depressão mais de um ano depois, principalmente para adolescentes que tinham pais ou irmãos com histórico de depressão.
No processo da pesquisa foi utilizado combinação de técnicas. A pirossequenciação por bissulfito foi usada para medir os marcadores epigenéticos próximos ao nosso gene de interesse: o transportador de serotonina. Foi usado a ressonância magnética funcional para medir atividades na amígdala.
O pirossequenciamento é uma técnica da biologia molecular (BM), na qual a síntese de DNA ocorre através de um complexo de reações que inclui enzimas (ATP sulfurilase e luciferase) e substratos (adenosina 5’ fosfossulfato e luciferina). O grupo pirofosfato, liberado durante a adição de um nucleotídeo, resulta na produção de luz detectável. Portanto, quando um novo nucleotídeo é incorporado em uma cadeia crescente de DNA através do DNA polimerase, pirofosfato é gerado de maneira estequiométrica, resultando na produção de ATP. O ATP produzido leva à conversão enzimática da luciferase com emissão de fótons. À medida que os componentes da reação diminuem, um novo ciclo de reagentes é introduzido e então a incorporação de nucleotídeos específicos é avaliada de maneira sequencial.
A técnica baseia-se no sequenciamento e na síntese de DNA, fornecendo dados em minutos, assim como o mesmo conceito da reação de PCR Real Time, que é a obtenção de resultados rápidos.
Através de postulados e teorias apresentados, podemos considerar os efeitos do suicídio com base nos postulados de HEINDEL (2012, pp.214-221) em “Occult Principles of Health and Healing - Effects of Suicide”, pois, quando o Ego (diagrama I) está no processo quântico do renascimento, ele atinge diferentes espaços-tempo. Nesse espaço-tempo ele é auxiliado por Hierarquias Criadoras (diagrama VII) a criar arquétipo para seu novo corpo e insufla vida nesse arquétipo que durará certo número de anos. Cada arquétipo tem um núcleo de matéria escura com energia escura. Cada arquétipo tem movimentos vibratórios (sons) internos, para atrair material do Mundo Físico ou Estado de Matéria Densa (diagrama I), pois coloca todos os átomos desse novo corpo vibrando em sintonia com um pequeno átomo que está no coração (no ventrículo esquerdo), chamado de átomo-semente; que como um diapasão dá o tom vibracional para todo o material ficar unido no respectivo corpo naquele espaço-tempo, naquela dimensão compacta.
No momento em que a vida toda foi vivida na Terra as vibrações no arquétipo cessam e o átomo-semente é retirado e sua quintessência, assimilada. O corpo denso vai para decomposição e o corpo de desejo, onde o Ego funciona no Purgatório e no Primeiro Céu, assume a forma do corpo vital. Em seguida, a pessoa começa seu trabalho de expiação de seus maus hábitos e ações no processo quântico purgatório, assimilando o bem de sua vida no Primeiro Céu (diagrama II).
Através de postulados e teorias apresentadas, descreve as condições comuns quando o curso da natureza não é perturbado, mas no caso do suicídio é diferente. A pessoa extraiu o átomo-semente (por ocasião da morte por suicídio), mas o arquétipo continua vibrando. Portanto, a pessoa se sente como se estivesse vazia, oca e experimenta um sentimento de esvair ou corrosão no seu interior, em Si-mesmo. Esse sentimento pode ser mais bem compreendido às dores de intensa fome e não tendo nada para comer, tendo como analogia o “suplício de Tântalo”. Se ela aceitar os acolhimentos através do serviço amoroso dedicado às pessoas que sofrem nessas condições, poderá sentir-se apoiada e fortalecida durante o novo processo quântico de purificação e de assimilação das novas experiências.
Tendo cosmovisão dos efeitos do suicídio, é preciso atender que as pessoas que cometeram suicídio, para que possam familiarizar-se suficientemente com os seus processos psíquico-quânticos inconscientes e semiconscientes (porque são metadados psíquicos); encontrarão ajuda justamente na natureza da psique, desde o momento que entraram no processo psíquico-quântico no purgatório.
Mesmo assim, durante os intervalos de descanso e de assimilação das experiências naqueles espaços-tempo (diagrama I), durante o processo quântico de expurgação no purgatório, o Ego (e não a personalidade) se sentirá dividido por estar em diferentes espaços-tempo na psique. Observa-se ao experimentar os sofrimentos causados em outras pessoas, porém com mais intensidade, em tempo mais curto, pois outras pessoas foram envolvidas no evento (familiares, amigos, conhecidos etc.), pois tiveram interferência no processo neuropsicológico quântico.
“Como pode um acontecimento distante no espaço e mesmo no tempo produzir, por exemplo, uma imagem psíquica correspondente, se nem sequer podemos falar de um processo de transmissão de energia para isto necessária? Por mais incompreensível que isto pareça, nós nos vemos, afinal, forçados a admitir que há, no inconsciente, uma espécie de conhecimento ou ‘presença’ a priori de acontecimentos, sem qualquer base causal. Em qualquer caso, nosso conceito de causalidade é incapaz de explicar os fatos”, JUNG (2012, p.41) em “Sincronicidade – a dinâmica do inconsciente”.
Pela lógica, se fizer uma pessoa sofrer durante quatro anos, a reparação ou purgação desse processo psíquico-quântico durará, aproximadamente, quinze meses (um terço). Se juntar todos os sofrimentos causados às outras pessoas durante a vida, o transgressor poderá ter noção do tempo a ser purgado, mas não da intensidade durante o processo quântico de purgação. Esse processo não é ininterrupto, há intervalos para que o transgressor ajuíze sobre os danos causados às vítimas, i.e., sobre os efeitos e as causas e vice-versa.
Pelo algoritmo cósmico, todo o material para a construção de um novo corpo denso está ao seu redor, mas a pessoa que cometeu suicídio, sentindo e vendo que não tem o átomo-semente como diapasão, é impossível para ela atrair e assimilar material para construir um novo corpo denso. Esse intenso sentimento em Si-mesmo ˗ análogo ao “suplício de Tântalo” ˗ perdura o quantum de vida deveria ter vivido, ou seja, de acordo som vibratório que despertará no átomo-semente por ocasião de outro processo quântico de renascimento (diagramas I e II).
Assim, a Lei de Causa e Efeito ensina que é errado cometer suicídio na “escola da vida” e que este ato destrutivo traz consequências em médio prazo (purgatório) e em longo prazo (vida futura). Então, na próxima vida, quando as dificuldades se apresentarem em seu caminho, intuitivamente a pessoa (pela anima ou animus) terá semiconsciência dos sofrimentos que resultaram do suicídio e poderá rever o episódio e dar continuidade às novas experiências numa nova vida, pois a anterior foi interrompida abruptamente (ver “Capítulo VIII - Globo D: Quarta Revolução do Período de Saturno - modo psicológico: Concepção Neuropsicológica das Revoluções do Período de Saturno”).
“Como o leitor já terá percebido, não estamos tratando de um conceito filosófico e muito menos de um conceito religioso de alma e sim do reconhecimento psicológico da existência de um complexo psíquico semiconsciente, cuja função é parcialmente autônoma. É obvio que esta constatação nada tem a ver com os conceitos filosóficos ou religiosos da alma, do mesmo modo que a psicologia nada tem a ver com a filosofia e com a religião [...]”, JUNG (1984, pp.64-115) em “O Eu e o Inconsciente”.
É interessante! Por ter cometido suicídio, o consequente sofrimento nos processos psíquico-quânticos post mortem e purgatório, durante o tempo em que o arquétipo permanece vibrando (quando ainda está experimentando o sentimento de “corrosão” em Si-mesmo), muitas vezes gera na pessoa um medo mórbido da morte na próxima vida. Quando o evento realmente ocorre no curso comum da vida, a pessoa parece frenética depois de deixar o corpo e tão ansiosa para retornar ao Mundo Físico, que frequentemente comete crime de obsessão (análogo ao crime de stalking) da maneira mais tola e impensada, com pessoas envolvidas na vida anterior; vida em que cometeu o suicídio.
O “crime de stalking” é uma forma de violência reiterada e indesejada sobre outra pessoa, nomeadamente sobre a esfera da vida privada de outra pessoa, consubstanciando-se em intromissões pelo agente do crime. A ação pode variar entre esperar a vítima (pessoas envolvidas na vida anterior) no seu local de trabalho e persegui-la até à sua residência e vice-versa, apresentando sintomas análogos ao transtorno obsessivo-compulsivo.